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Porque atraímos pessoas nocivas?


Quem nunca se fez esta pergunta? Quem nunca disse: De novo? Será possível

que sempre atraio esse tipo de gente?

Nós tendemos a repetir padrões durante toda nossa vida e quanto menos conscientes desses padrões nós somos mais eles se repetem. É o que eu chamo de Teoria do Velcro: nós nos prendemos aos outros pelo lado crespo e não pelo lado liso.

Todos temos “ganchos” e é a qualidade destes “ganchos” que vai determinar

o que se gruda em nós. Segundo C.G. Jung “aquilo que não resolvemos em nós encontramos na vida como destino.”

Para mudarmos a qualidade daquilo que atraimos em nosso relacionamentos precisamos fazer um autoexame, observar o nosso comportamento.

Se você sempre procura cuidar de tudo e de todos vai atrair sempre aquela pessoa que precisa de cuidado que, na maioria das vezes, nunca estará disponível para cuidar de você. Se você sempre quer ser a heroína das causas impossíveis atrairá causas perdidas, e até dirá “eu vou conseguir mudar esta pessoa, comigo será diferente”. Sera? Outro exemplo desse comportamento é agir como uma orfã em busca de alguém que adote-a, que assuma e resolva sua vida…

Podemos descrever inúmeros padrões, mas a questão é tomar consciência daquilo que sentimos falta em nós, do que queremos para nossa vida,

porque aquilo que sentimos falta só encontraremos dentro de nós mesmos. Precisamos melhorar os nossos “ganchos” para termos a chance de fazer escolhas construtivas. Apenas quando sabemos o que queremos para nossas vidas é que abrimos o caminho para encontrar e atrair aquilo que nos fará bem.

Muitos me perguntarão: Mas e se eu me apaixonar? Se eu me sentir atraída?

E eu respondo que mesmo assim temos escolhas. Seria melhor perguntar: por que escolher isso? Ou que tipo de Velcro nós somos, acreditamos ser e queremos ser?

Ana Paula Sampaio-
Psicóloga, Palestrante e Consultora

Sou formada em psicologia, especialista em psicologia clínica junguiana

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